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quarta-feira, 30 de setembro de 2020

"Sorria, tem um anjo de Deus olhando por você!"

   Tomando café pela manhã, escutei João: "Olha, uma borboleta!".
   Não tive tempo de ver. Pouco depois, a borboleta estava na tela do pátio, ao alcance dos meus olhos. Chamei João pra vermos de pertinho. E ela ficou ali, abrindo e fechando as asas, voou, parou para tomar água. Um pedacinho da asa quebrado talvez a fizesse mais lenta. 
   Olhei em volta, o dia lindo e ensolarado, que eu já havia percebido logo cedo, e aquela borboleta ali, mostrando que a gente tem que parar tudo para contemplar esses pequenos momentos de alegria, desfrutando de saúde. "É bom estar vivo, é bom viver!", já dizia Capitão Rodrigo.
   Este pequeno sinal fez lembrar dos tempos que eu trabalhava em uma editora no Alto da XV, em Curitiba. Em frente ao Colégio Positivo. Naquela época, nem o colégio tinha. No fim do expediente, pegava um Interbairros que demorava a passar, ficava um tempão no ponto, esperando. Nas sextas, com o movimento maior, ele demorava mais. Sem paciência para esperar e desperdiçar meu tempo, eu me decidi por ir para casa a pé, fiz isso muitas vezes, se duvidar, quase todas as sextas. Por curiosidade vou consultar o Google Maps, naquela época ainda não era corredora. Cerca de 8km (passando pelo Centro), uma distância boa. Enfim, do Alto da XV descia para o Centro (podia pegar outro caminho, mas não curtia desviar pelo Passeio Público, aquela época não havia sido restaurado). Queria mesmo era passar pela Rua XV, no fim de tarde, ver o movimento de quem passa, de quem vai pra casa, das lojas no fim de tarde, era uma euforia boa, liberdade do fim de semana pela frente. Passava na Dois Corações, coxinha ou um empadão, divinos salgados! 
   Um dia, estava na porta da Dois Corações, quase indo embora, uma pessoa parou e me entregou um papelzinho, não lembro, mas acho que ela tinha mais alguns, estava distribuindo. Olhei, surpresa. A pessoa não ficou esperando por nada, apenas deixou o papelzinho. Abri e estava lá escrito: "Sorria, tem um anjo de Deus olhando por você!". Aquela mensagem iluminou meu rosto, abri um sorriso, sabia que era verdade. Sinto que esse anjo anda comigo, abre meus caminhos e me ilumina. Sempre penso na minha vó Melita. Hoje em dia, nas minhas conversas com o anjo, peço que ele faça uma hora extra e acompanhe João também.


terça-feira, 29 de setembro de 2020

Pequenos textos (conectados e desconectados)

Sempre dormi bem, sono fácil e pesado. Mas tenho percebido que ultimamente estou dormindo mal. Até imagino os porquês: ansiedade, não poder me planejar, saudade da minha mãe e não saber quando vou poder estar junto dela, fim de ano chegando, além do exercício físico no fim de tarde que me deixa mais agitada. Até na leitura noturna, pego um livro, mergulho na história, e não consigo largar, parece que os personagens me fazem companhia, não como antes, agora é mais intensa a necessidade de me transportar para algum lugar, viajar mesmo.


Outro dia, percebi João se batendo para dormir, perguntei o que era, ele disse que estava pensando… lembrando dos brinquedos que eu havia prometido quando nos mudamos. Eu havia prometido uma cozinha, ele aproveitou e pediu um chapéu de chef, um avental de chef, um banheiro com duas portas… um restaurante. Ele quer ter um restaurante.


Hoje olhei aquela franja dele nos olhos, lisinha e escorrida como a minha, fiquei agoniada. Peguei a tesoura, falei para ele sentar num banquinho na banheira (como raramente usamos a banheira, nem tirei o banquinho de lá, já serve para isso, salão improvisado). João tem redemoinho na franja, herança da mãe e do pai, e eu não sei cortar cabelo, mesmo assim tento dar meu melhor. Cortei, penteei de lado, ficou bom. Ele foi brincar, deu seus pulos, e a franja foi pro meio da testa. Tive uma crise de riso, a franja dele nunca fica pra frente, mas pulando ela apareceu bem. Ai, ai! O que fazer, né. Cabelo cresce.






 

Conchiglione de abacaxi, ricota e gorgonzola...

   Como aqui ninguém passa vontade, é claro que eu ia fazer o conchiglione hoje. A massinha (uma concha grande) eu já trouxe lá do Walmart de Hagerstown, veio na mudança. Hehe! Sinal de que fazia tempo que ela era almejada. 
   Semanas atrás, quando comprei o figo, pensei em fazer com figo, mas comemos todo o figo puro mesmo. Melhor, né! Ontem, quando olhei aquela compota de abacaxi, fui correndo atrás de receita de conchiglione para ter uma base. Na verdade, não segui a receita à risca, pois estava com pressa pra seguir todo aquele passo a passo. Flavio aproveitou o horário do almoço para me ajudar a rechear o conchiglione, chef João eu nem preciso chamar, ele já puxa seu step e põe a mão na massa, literalmente.

Ingredientes:
  • Massa de conchiglione (usei metade, travessa pequena, serve dois bem servido).
  Cozinhar al dente, menos de 10 minutos. Escorrer e deixar reservado.

Recheio: 
  • 4 colheres ricota (eu compro a Galbani que já vem "amassadinha")
  • 2 colheres de queijo gorgonzola (já comprei em flocos, "amassadinho")
  • Sal e pimenta a gosto
  • Nozes (eu tinha pecã*, cortei umas 6 em pedaços com a mão mesmo)
  • Compota de abacaxi (receita no link no final desta receita)
Misturar num bowl ricota, gorgonzola, pecã e temperar com sal e pimenta. 
Rechear o conchiglione primeiro com a compota depois com essa mistura de ricota e gorgonzola. 

Molho branco com queijos
  • 100g queijo parmesão ralado
  • 100g de queijo muçarela ralado*
  • 500ml de leite
  • 1 colher cheia de maisena
  • 1/2 cebola picada
  • 2 colheres de manteiga
  • Sal, pimenta, noz moscada a gosto  
Fritar a cebola na manteiga, deixar dourar. Em uma xícara, misturar um pouco do leite com a maisena, até dissolver bem e reservar. 
Na panela com cebola acrescentar o restante do leite, os queijos, a mistura com maisena e ir mexendo. Temperar com sal, pimenta e noz moscada. Mexer até o molho engrossar.
Montar o prato com o molho branco, os conchigliones recheados lado a lado. Por cima, mais molho e um pouco de queijo muçarela e parmesão ralado. Colocar no forno para gratinar, cerca de 10 a 15 minutos. Vá acompanhando até dar uma borbulhadinha no queijo e pegar uma corzinha.

P.S.: As palavras "pecã" e "muçarela" fui procurar no app do Volp. hehe!

Para ver a receita de compota de abacaxi:
Imagens no Instagram: @joujou.melendres





segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Sobrou abacaxi na geladeira

   Segunda-feira dou aquela limpa na geladeira das coisas que não foram no fim de semana. Compramos muita variedade de frutas, o abacaxi docinho acabou ficando para trás. Fui procurar receita, só aqueles pavês, gelados... Podia congelar para fazer smoothie, uma boa, mas tinha bastante abacaxi. Achei uma receita de geleia de abacaxi. 
   O resultado foi aquele que mostrei no Instagram, achei que ficou meio águado ainda, mas ainda não gelou. Talvez dê uma incorpada. Mas o sabor é muito bom, pode servir para rechear um bolo, acompanhar um queijo numa tábua de frios, conchiglione agridoce (recheado com abacaxi, gorgonzola, ricota, um molho Alfredo), conchiglione sobremesa muito doce (recheado com Beijinho e abacaxi, molho de chocolate branco). Nossa!!

 

Anota aí o que usei, 
    • 1 abacaxi maduro (usei o que sobrou do abacaxi)
    • 1 xícara de açúcar
    • ¼ xícara de água
    • suco de 1 limão
    • canela (coloquei uma pitadinha, lembrei do abacaxi do churrasco)

   Colocar na panela todos os ingredientes e deixar ferver. O meu soltou muita água, tirei um pouco da água até. Deixei aproximadamente 30 minutos no fogo, quase não mexi. Tirei do fogo, esperei esfriar um pouco e bati, deixando uns pedaços maiores. 
Se deixar mais tempo, a calda vai ficando mais grossa.



sábado, 26 de setembro de 2020

Pond Country Triad

Viemos do mercado, depois daquela sessão de higienizar e guardar os produtos, enfim, sentada com um pouco de silêncio, que logo é quebrado. Ouço João cantando e fazendo perguntas pro Flavio. 
Olhando em volta, sinto que tudo se assentou, temos as coisas pra fazer nossa casa aconchegante pra gente, um detalhe ou outro.
Olhando pro jardim, esse vai ter que ficar pro ano que vem. Hehe! 
Perto daqui tem um lugar que sempre me chama a atenção, só com coisas para jardim, mais especificamente eles vendem esses pequenos lagos artificiais (os ponds) e acessórios. Dei uma paradinha lá para espiar. Gente, que trabalho bacana, é claro, tudo tinha um preço bem estampado por ali. Os ponds estavam completinhos com seus peixes coloridos, pequenos ornamentos para todos os gostos, muito verde, tinha até bananeira, flores e, naturalmente, atraindo borboletas, abelhas. No meio de tudo, uma casinha na árvore linda demais, parecia conto de fadas. Nem levei João, pois o playground estava fechado. 
Gosto desses lugares para me inspirar, pra ter ideias, não vou comprar um pond, mas isso me faz ter vontade de cuidar da grama, das plantas que tenho. Saí de lá me imaginando fazendo yoga online com som de água. Ô delícia!




  

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Sorvete de morango do Chef João

Ingredientes

  • 1 banana madura congelada em rodelas
  • 4 morangos pequenos congelados
  • 1 colher de iogurte grego
  • 1 colher de Nesquik morango
  • 2 a 3 colheres de creme de leite (usei Heavy Cream)


No liquidificador coloque banana, morango, Nesquik morango, iogurte. Experimente bater até resultar em uma massa cremosa. No meu liquidificador, não estava batendo muito bem, faltava um líquido, fui colocando uma a uma as colheres de creme de leite e experimentando, até encontrar a consistência desejada.

Coloquei num recipiente e voltei no freezer para endurecer mais um pouquinho, mas já dá para comer do jeito que sai do liquidificador, bem cremoso. 


Outro dia João viu a receita de um sorvete fácil na TV. Eu estava como estou agora, escrevendo, só vi ele se dirigindo à cozinha para executar a receita. Ele repetia a si mesmo os ingredientes, e quando ouvi creme de leite, aproveitei a deixa e disse: "Não temos em casa. Além disso, não dá para fazer assim; primeiro você tem que anotar os ingredientes". 

Coincidentemente (coisa nenhuma, foram os espiões da internet), vi uma receita de sorvete mais saudável. Mas não anotei, só fiquei com a pasta de banana congelada na cabeça, banana congelada realmente combina com tudo, vejo pelos meus smoothies. 

Ontem, João pediu denovo para fazer o sorvete, e eu falei para ele congelar a banana. Hoje faríamos! Não deu para ser 100% saudável, mas a base é de frutas. :D

 

Veja as fotos no meu Instagram: @joujou.melendres


 


segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Summerfield Farms

   Passeando pelos lados de Summerfield, aproveitamos para conhecer a Summerfield Farms. Comecei a seguir este lugar no Instagram quando nos mudamos para cá, eles sempre postam eventos bacanas (tem vários atrativos, olhem o site, tem até casas lindas para alugar). Tem espaço aberto, mas não sabia o quanto era possível praticar o social distance com uma criança de 4 anos, louca para explorar tudo. João já chegou lá e começou a cantar "Seu Lobato" ("Old Macdonald had a farm...") . Realmente, a visão do lugar mais o dia lindo eram empolgantes aos olhos. Fomos nos aproximando, dois food trucks, um com tacos e outro com coquetéis, música ao vivo. Olhamos ao redor, cadeiras bem distantes uma das outras, gramado, sombra, árvores, quando as pessoas iam buscar os comes & bebes, elas usavam a máscara... Olhamos um para o outro: Só um drinkizinho, né! 

   Tinha um evento particular, em um espaço reservado. Vi as mesas postas lindamente, candelabros elegantes me chamaram a atenção, como assim não fui convidada?!

   Eu tentando convencer Flavio que até era possível fazer uma festa assim SE... as pessoas ficassem só nas suas mesa; tirassem a máscara só para comer ou beber; na hora que tocasse a música ninguém fosse dançar; tirar para dançar alguém de outra família, nem pensar; beber moderadamente; encher o canecos e continuar no seu quadrado... aliás, cada um no seu quadrado ou dança do quadrado são muitos apropriados no momento. Viemos rindo com nossas sugestões de como se fazer uma aglomeração xoxial hoje em dia.


Para ver algumas imagens, visite meu

Instagram: @joujou.melendres



 

sábado, 19 de setembro de 2020

Pequenos Textos: Sementes de uvas

   Hoje cedo demos um pulinho no Farmers Market, bem pertinho de casa. Eu bem feliz tirando minhas fotinhos daquele colorido todo, nos deparamos com uma fruta, que parecia jabuticaba, trouxemos uma pequena embalagem da fruta para experimentar. Flavio comeu. "Nossa, lembra uma fruta que eu já comi, mas não é jabuticaba! O que era mesmo?". Fui ver a foto do nome (que eu havia tirado para poder pesquisar mais tarde em casa): Muscadine. Coloquei no Google. Junto com Muscadine veio a palavra grape, eu ainda insistindo em achar que era algo diferente. Flavio: "É uva!". Peguei uma para mim, é parecia uva mesmo, mais dura para morder, e o sabor era da nossa uva de mesa, aquele miúda. Doce! Já tive ideias... hmmmmm, cuca de uva! Agora podemos ter!

   Uvas me lembram a infância, demorei para descobrir a uva-itália, era mais cara, ou era importada... não sei, era mais rara lá em casa. Mas o caso é outro, lembro de uma vez, num hotel em Curitiba, ali na Praça Santos Andrade, em frente a UFPR... Ficávamos por ali toda vez que íamos a Curitiba. Andávamos pela XV, comíamos doces na Confeitaria das Famílias... nem imaginava os belos anos que viveríamos por lá mais pra frente. O hotel tinha aquele cafezão da manhã, aquela fartura deliciosa. Lembro que me servi de uvas, e tentando seguir algum protocolo de boa educação e comportamento, ainda era criança, não sabia o que fazer com as sementes da uva... Cuspir no prato? Pegar com a mão? Encontrei uma solução que julguei a mais discreta: virava a cabeça prum lado e Ffffffiut! Virava pra outro e Ffffffiut! Olhava pro chão, Fffffiut! Acho que ninguém percebeu e eu segui satisfeita! :D





quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Ensaiando...

   Observando a chuva cair, parece que ela vem de ladinho, na diagonal. A previsão é 100% de chuva para o dia inteiro, e eu não tenho um bolo afetivo (haha! esse é o novo nome que dão para o bolo caseiro, para venda). O de laranja já se foi, se eu quiser um, vou ter que ali bater. Próxima ida ao mercado, preciso trazer cenouras, era um bolo de cenoura que eu queria por agora. João vai até a geladeira furuscar algo, volta pra mesa com um pedaço de queijo. Lá do Brasil sei que a Noopy faria bolinho de chuva, de banana (e banana da bananeira do quintal, banana-prata, minha preferida). João voltou a abrir a geladeira, saiu de lá com um iogurte. É a hora do café da tarde. Não tem uma coisinha diferente. Engraçado, João fez tudo direitinho e eu não estou em cima, orientando. Olho com o canto dos olhos. Colher na pia, lixo orgânico no lado certo... só o shorts que está ao contrário.

   Estou aqui só ensaiando, não quero que meu blog vire um caderno de receitas, tanto texto legal, já reli vários, nem pensei em apagar nenhum. Vão ler um pouco, criaturas! :D







terça-feira, 15 de setembro de 2020

Receita: Bolinho de laranja pro café

Ingredientes:

  • 4 ovos
  • 1 xícara de óleo
  • 2 xícaras de açúcar
  • suco de 3 laranjas (aproximadamente 1/2 copo)
  • 2 xícaras de farinha trigo
  • raspas de laranja (aprendi no "Que Seja Doce" que é isso que dá o sabor)
  • 1 colher de fermento

Em uma tigela coloco a farinha de trigo, e já raspo as laranjas. Depois faço o suco, reservo. Misturo no liquidificador os ovos, óleo, açúcar e o suco de laranja. Depois acrescento ao trigo. Misturo bem, e por último ponho o fermento.
Coloco em uma forma com furo no meio, untada. (Ou duas formas de bolo inglês, ou uma forma retangular). De 40 a 50 minutos no forno a 180 graus Celsius. Faço o teste do palito (o último que fiz parecia não estar bem assado no topo, mas as laterais já estavam bem moreninhas, fiz o teste e já estava pronto).  

Calda:

  • 1/3 de xícara (80 ml)  de suco de laranja
  • 1/4 de xícara (50g) de manteiga
  • 2/3 de xícara (130g) de açúcar


Levar ao fogo até dissolver açúcar e manteiga. Assim bem líquido, eu molho o bolo, deixo um pouquinho para engrossar mais e finalizar com uma calda mais espessa.


Fotos no: @joujou.melendres

Dica: Para a foto, coloco em pratos bonitos e tals, mas assim que termino a sessão de fotos, direto pro tupperware. Para o bolo não secar. :D



Pequenos textos: saudades e outras coisas

Saudades da terrinha

   Lembro da sensação de estar voando pelos céus de Floripa, olhando do alto da janela do avião, o coração batia acelerado. Já havia feito esse voo antes, mas era a primeira vez que estávamos a sós, eu e João, chegando na terrinha. Lá embaixo eu sabia que a Noopy e a Bé me esperavam. A viagem até Imbituba de carro leva cerca de 1 hora, dependendo do trânsito, um pouco mais. Para nós, foi uma viagem longa, cansativa. Fizemos escala em Orlando, chegamos pela manhã em Campinas, e passamos um bom período por lá, esperando o nosso voo pra Floripa. Chegamos cedo, o avião só ia sair no fim da tarde. Tanto é que reservei um hotel que fica dentro do aeroporto, um quartinho com TV, para ficar ali com João mais sossegada.

   Gente, descer de um avião, em dezembro, naquele calor maravilhoso do Brasil. Sentir aquela brisa ou aquele mormaço, qualquer coisa está valendo. Esperar pelas malas, pegar aquele peso e sair com o carrinho pelo portão de desembarque, não vendo a hora de encontrar aqueles olhos felizes, ouvir aquelas vozes. Sério, gente, que vontade de ir para lá, andar pelas ruas de Imbituba, sentir o clima de Natal brasileiro misturado com aquele início de verão.

   Neste fim do verão aqui, não me atento ao princípio do outono, e sim ao começo da primavera lá e de tudo que minhas estações preferidas têm a oferecer. Que saudades!


Corridinha de ontem

   Na corridinha do fim de tarde, comecei a sentir os ares do outono. O vento está suave, mais pro frio, não é mais aquele mormaço que me arrastava. Agora me sinto mais leve, corro com mais facilidade.

   Saindo do nosso bairro, avisto uma labareda crescendo, numa chácara aqui perto. Ela me chama a atenção, são tantas as notícias do fogo na Califórnia e Oregon, e mais alguns estados. Verifico que tem alguém "manuseando" o fogo, é algo no quintal da propriedade. Olho as altas árvores no entorno, não gosto da ideia daquilo se alastrar. Quem pode controlar? Continuo no meu pace, pensando naquilo, será que tem que denunciar? Conversando com meus botões, me distraio, um pé pisa em um terreno diferente, e o resto do corpo não acompanha. Engraçado, porque agora parece que meus tombos são em câmera lenta, a cabeça quer controlar, mas o corpo vai desmoronando. Parece que eu estou assistindo a mim mesma. Queria alguém filmando meu tombo, para ver como foi. Levanto, olho em volta, muitas casas, se alguém viu, não sei... refaço o caminho caminhando alguns passos, para ver se está tudo em ordem. Parece que sim, tudo quente, só vou sentir mais tarde. Volto a correr, esqueço do fogo.



sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Receita: Cupcake de atum e batata-doce

 Ingredientes:

  • 1 batata-doce grande
  • 2 ovos
  • 2 latas atum drenado
  • 1 c. óleo de coco (ou azeite)
  • cebolinha (ou qualquer temperinho de sua preferência)
  • raspas de limão
  • sal e pimenta


Faça furos na batata-doce e deixe no microondas por aproximadamente 5 minutos (eu embrulho num papel-toalha). Espere esfriar, retire a casca e amasse como um purê.

Em uma tigela, misture atum, óleo, raspas de limão, batata-doce, cebolinha, sal e pimenta. Experimente para ver se está temperado a gosto e só depois ponha o ovo.

Colocar em forminhas de cupcake (as minhas são de silicone, não precisa untar, super práticas), assar por 20-25 minutos, 180 graus Celsius. Ou faça o teste do palito. Dá para adicionar 1 colher de fermento, para dar uma crescida, mas não é necessário, não cresce muito mesmo como fermento.


Para mais receitas, clique aqui no link azul:

  • Bolo de amêndoas

https://joujoumel.blogspot.com/2020/09/receita-bolo-de-amendoas.html

  • Frango grego

https://joujoumel.blogspot.com/2020/08/receita-frango-grego.html

  • Quibe de forno

https://joujoumel.blogspot.com/2020/09/receita-quibe-de-forno.html

  • Pão de batata-doce

https://joujoumel.blogspot.com/2016/05/pao-de-batata-doce.html


quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Receita: Bolo de amêndoas

Ingredientes:

  • 150g de manteiga
  • 150g de farinha de amêndoas
  • 3 ovos
  • pitada de sal
  • 125g de açucar, dividir em aproximadamente duas porções
  • 7 colheres de suco laranja
  • 50g de farinha de trigo
  • ½ colher de fermento
  • açucar confeiteiro


Pré-aqueça o forno a 180 graus, unte uma assadeira redonda de 22cm e polvilhe com farinha de trigo (na receita está de amêndoas, mas usei a de trigo).

Separe os ovos, bata as claras com uma pitada de sal até ficarem firmes e, em seguida, adicione lentamente 50g de açúcar e bata mais um minuto.

Em outro bowl bata a manteiga e o resto do açúcar até ficar homogêneo, adicione as gemas e bata mais um minuto.

Misture as farinhas de trigo e de amêndoa e o fermento em pó. Vá adicionando a mistura das farinhas na mistura de manteiga e ovo, e colocando o suco aos poucos.

Por fim, coloque as claras batidas, mexendo suavemente.

Asse por 25-30 minutos na grelha do meio do forno.

Deixe esfriar por dez minutos e, em seguida, coloque no rack de resfriamento. Polvilhe com açucar confeiteiro e sirva.


Para saber como aprendi essa receita e conferir a receita original, em alemão, clique no link azul:

  • Os hikes nunca mais serão os mesmos
https://joujoumel.blogspot.com/2014/06/os-hikes-nunca-mais-serao-os-mesmos.html






terça-feira, 8 de setembro de 2020

Sobre este blog e meu Instagram

   Algumas pessoas têm me dado retorno do Instagram, do blog. Algumas dão dicas, outras dizem que eu estou feliz, e que é uma alegria me ver assim, outras me chamam de prendada (HAHAHAHAHA!). Enfim, qual é meu objetivo?

   Vamos lá, tenho meus passatempos e tenho minhas ocupações diárias. Vou focar nos hobbies. Escrevo, fotografo, monto meus cenários ideais com o que tenho. Crio meus pequenos recortes de inspiração e escrevo sobre eles. Exatamente como eu fazia há muitos anos atrás, quando tinha pastas, colava minhas imagens e textos favoritos, e quando eu escrevia em meus diários. 

   Primeiro veio o blog, comecei quando me mudei para os EUA. Aqui estão algumas das minhas experiências culturais, alguns locais que visitei, viagens, algumas corridas desafiadoras, anotações, dicas. Hoje em dia, morando nos EUA há 8 anos, continuo anotando minhas descobertas, mas o foco agora são pequenas crônicas da vida diária. Sempre mantive o hábito de escrever, é minha melhor maneira de me expressar, é minha terapia.

   A @joujou.melendres é uma conta do Instagram aberta ao público com meus recortes. Nasceu em 2016, mesmo ano em que João nasceu. Coincidência? Não, fiz para ter algo para me distrair. Ali estão algumas das coisas fofas que eu comecei a fazer para ele, depois comecei a fotografar produtos fofos em lojas (coisas que eu até gostaria de comprar, mas não tava afim de gastar por impulso, e acumular coisas sem necessidade). 

   Continuo fotografando em lojas, quando tenho oportunidade. E faço pesquisas online também. Mas as fotos de hoje em dia são mais das coisas aqui de casa, montagens que faço com o que tenho. É claro, o dia a dia não são aquelas imagens, aquelas são minha pequena ilha de perfeição, aquele 0,5% do dia que está tudo no lugar, que me dá inspiração para recomeçar no dia seguinte. Como eu disse num post, "João tocando o terror eu cortando sanduíches em formato de coração". Daí você me diz: "Ah, que coisa fake, montada". Sim, já disse, monto meus pequenos cenários, mas quando, no dia seguinte, ouço ele pedir: "Mami, faz o sanduíche de coração?". Aí sei que o momento ficou na memória dele. Se pra mim é importante, pra ele também está sendo.

   Queria ganhar dinheiro com meu hobbie? Óbvio! Queria que alguma marca me patrocinasse, queria publicar meu livro (sim, tenho um livro infantil baseado em memórias), queria fotografar comida, fotografar produtos... enfim, queremos tantas coisas! Por enquanto estou me descobrindo, dividindo minhas pequenas belezas e inspirações. Quem sabe inspirando algumas pessoas a se dedicar algo que faz bem. Por enquanto, posso me apresentar assim:

Escritora de crônicas do cotidiano, mãe do João pé-de-vento, corredora para poder alcançá-lo, cozinho comidinhas, fotografo tudo mesmo. Em eterna busca do que traz conforto, inspiração e equilíbrio para o dia a dia.





sábado, 5 de setembro de 2020

Hope Valley Gardens

   Lendo rapidamente um post ontem, vi que o Hope Valley Gardens, jardim onde costumava colher flores na Pennsylvania ia fechar em menos de 6 semanas (Ok, eles sempre fecham para outro ciclo). Depois li mais e entendi que iriam fechar para sempre. Senti uma tristeza, pensei na crise que muitos empreendedores estão enfrentando. Compartilhei o post, depois ia acompanhar.

   Todas as sextas, eles têm enviado um link para quem quer receber seu buquê de flores na varanda de casa (tem a opção de ir lá buscar também). Confio no bom gosto deles, e sei que as flores são frescas e colhidas daquele belo jardim. Encomendei um buquê de dálias para uma amiga querida que está de aniversário. Pedi a ajuda do marido dela, pois é necessário deixar um vaso com água na varanda, para que eles possam depositar as flores. Eles pedem para deixar o vaso na noite anterior. 

   Hoje cedo, eram 6h, eles estavam saindo para fazer as entregas e me avisaram que levam vasos extras, caso alguém se esqueça de deixá-los na varanda. Gente, fiquei pensando na beleza desse trabalho. Cuidar das flores, fazer brotar, ter todo o cuidado e entender de flores, ver aquele colorido, receber gente que gosta de ir lá apreciar e colher flores, e sair cedo, muito cedo, distribuindo essas belezinhas pelas portas. Imaginando o sorriso de quem recebe um buquê fresquinho pela manhã.

   Li denovo o post, inconformada com o fim de um dos meus jardins prediletos, e estava lá: Estamos fechando em 6 semanas (pelo menos neste local do terreno...). Ufaaaaaa! Senti um alívio. Deve ser porque o terreno precisa de descanso, rotatividade... Fiquei feliz que eles continuarão distribuindo beleza por aí. Mesmo assim vou perguntar e me certificar que é isso mesmo.

  Como é bom descobrir e vivenciar lugares como esse. Lá estive com minha mãe, meu filho, minha amiga Jana... Vida longa a lugares e pessoas que fazem esse tipo de trabalho! 


Atualização: é, gente, parece que o Hope Valley está a procura de alguém que possa tomar conta dele. Não entrei em detalhes nos negócios, mas se alguém tiver interesse, sugiro entrar em contato o mais breve possível. Desejo meus melhores desejos para tudo dê certo para eles.






sexta-feira, 4 de setembro de 2020

Receita: Piña Colada Smoothie

 Ingredientes:

  • 1/2 banana congelada
  • 1/2 xícara abacaxi picado, congelado
  • 1/3 suco de abacaxi
  • 1/4 xícara leite de coco (como diferenciar? Não o tradicional de nossas receitas deliciosas, aquele mais atual e natureba, sim?)
  • 1 colher de coco ralado
  • cerejas em calda para enfeitar
  • gelo

Bate tudo no liquidificador, transferir para um copo bacana, um pouco da calda da cereja (vou pingando em gotas por cima e nas laterais para dar uma corzinha), duas ou três cerejas. Uso canudo reutilizável ou de papel.

Enjoy!

Imagem do Instagram: @joujou.melendres

Para mais receitas, clique aqui no link azul:

  • Frango grego

https://joujoumel.blogspot.com/2020/08/receita-frango-grego.html

  • Quibe de forno

https://joujoumel.blogspot.com/2020/09/receita-quibe-de-forno.html

  • Pão de batata-doce

https://joujoumel.blogspot.com/2016/05/pao-de-batata-doce.html







quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Receita: Quibe de forno

 Ingredientes:

  • 500g de carne moída
  • 1 xícara de trigo para quibe (ou bulgur)
  • 1/2 cebola grande
  • 3 dentes de alho
  • 1/2 xícara hortelã
  • azeite de oliva
  • sal, pimenta (aqui uso Ground Allspice) a gosto
  • limão para servir

Em uma panela frito a cebola e alho, até a cebola dar uma murchada. Reservo em um bowl. 

Na mesma panela (que fritei a cebola e alho) coloco 1 xícara de trigo para quibe (aqui eu uso o Bulgur, foto abaixo, encontrei na parte dos orgânicos e farinhas especiais), duas xícaras de água e levo ao fogo. É assim que hidrato meu trigo para quibe, ponho mais um pouco de sal, deixo secar a água e está pronto para uso. 

No bowl acrescento a carne moída, sal, pimenta, hortelã picada, 2 colheres de azeite e o trigo para quibe hidratado ainda quente mesmo. Mexo com uma colher grande, até esfriar, e depois misturo com as mãos. Unto uma travessa pequena (retangular) e coloco a massa do quibe. Neste aqui fiz uma estripulia, coloquei tomatinhos e queijo no recheio, vai soltar água do tomate, mas não deve ficar ruim.

Levo ao forno, 180 graus Celsius, regado com um pouco de azeite de oliva em cima, por aproximadamente 40 minutos. 







                        
Imagens by  @joujou.melendres

Para mais receitas, clique aqui no link azul:

  • Frango grego

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  • Piña Colada Smoothie
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terça-feira, 1 de setembro de 2020

Eu dirigindo por aí

   Dirijo pela necessidade, mas não é uma das minhas atividades favoritas. Não corro, sou a tia que fica atrás do caminhão na estrada, só saio de trás do caminhão porque aquela porta pode se abrir a qualquer momento e desabar um mundo sobre o carro, vai saber. Sou cagona sim dirigindo. Sempre de olho nos espelhos, atenta a tudo, fico tensa. Acho que o problema nem sou eu, são os outros. Apressados, grudados na traseira do meu carro. "Podem ultrapassar, vão tarde, me deixem aqui na pista dos sossegados!".

   E quando uso o GPS... nada de música! Preciso escutar a tia do GPS falando. Não sei porque ela anda falando tão baixinho. Antes ela interrompia a música e tals, hoje ela sussurra. Dirigir à noite aumenta o nível da minha tensão. Ontem mesmo, por exemplo, terminei minha corridinha ali pelas 7 e poucos da noite, precisava de alguns produtos no mercado. Mercado fica 15 minutos de casa, e o bonito caminho até lá não é muito iluminado quando anoitece. Aliás, todo interior, lugares com cara de farm são assim por aqui. Nada de postes. Breu total. Fui, fiz as compras num pulo e peguei o caminho da roça voltando pra casa. Dessa vez adotei uma prática nova, pra soltar os bichos mesmo. Vim xingando todos os palavrões possíveis, com sotaque carioca para eles ficarem mais divertidos. "Merrrrrrda!!  TaqueosssPariu, onde você foi se essssconderrrr, Juliiiianahhh! KCT, porrrrrrr... tanto lugar pra morar, Nóóóvaaa Ióóórqueee, Lossss Angelessss, Dissssney... vai se essssconder aqui no mato!! Óh lá, GPS nem acha tua casaaaaa, porr.... Daqui a pouco surrrge aí a mulé de branco!" 

   E por aí fui, assim vim me distraindo. Não se via uma alma viva na escuridão. Dentro do carro, a tia do GPS sussurrando, eu, meus palavrões e xingamentos ríamos da situação. Táqueospariu!!!


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Quando tirei a carteira de motorista

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