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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Outros pontos de vista

   Muitos amigos me indicam temas e fotos pro blog. Já incluí algumas dessas dicas em meus textos sob o meu ponto de vista, sob o meu ângulo da câmera. Hoje, assim que abri meu e-mail, recebi uma foto de New Orleans, um casal amigo comeu um típico prato da região e, antes de devorá-lo, teve a delicadeza de sacar a foto e ainda me mandar a legenda: "Comida local de New Orleans, um tipo de Jambalaya".
   New Orleans está na minha lista de lugares para ir e viver, imagino um lugar cercado pela boa música, pelas cores vibrantes, pelo sotaque carregado e muita energia boa. Isso me lembra um lugar que já estive algumas vezes e que, por essas qualidades, sempre me faz retornar: Bahia.
Jambalaya: prato típico de New Orleans.
   Esse mesmo casal nos recebeu um dia em sua casa e, depois de um almoço delicioso, nos levou a passear em um parque. E, no meio do passeio, encontramos árvores caídas no chão. Ao observar as árvores, a base do tronco parecia ter sido esculpida ou apontada (como um lápis com apontador), era trabalho do castor. "Juli, tira foto pro seu blog". hehe! E está aí, a árvore e uma ponte feita pelos engenheiros da natureza. Divertido!
Eu só tinha visto isso em desenhos.
Imagem: arquivo pessoal.
 
A ponte dos castores.
Imagem: arquivo pessoal.
   E, um caso mais recente foi neste final de semana, poucas vezes fotografo igrejas, acho todas riquíssimas, mas gosto apenas de observar. Como estamos perto da Páscoa e estamos recebendo uma visita que é bastante católica e adorou conhecer a Basilica of the National Shrine of the Immaculate Conception, resolvi fazer uma homenagem e saquei algumas fotinhos.
 
 
Imagens: arquivo pessoal.
   No local também encontra-se The Catholic University of America, que me fez lembrar dos meus tempos de PUC. (Ah meninas, e o coração apertou. Lembrei de nós três naquele nosso lugar lindo...)
 
Universidade Católica em D.C.
Imagem via: http://www.catholicnewsagency.com/news/catholic-university-of-america-celebrates-125th-anniversary/.
 
 
 

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Pequenos textos (mês abril 2014)

Saca aquelas listas? 10 lugares para ir (antes de morrer???!!). Coisa mais pessimista!!
10 lugares para ir e viver
 
Você tem medo do escuro da noite?
Então pense em uma grande metrópole iluminada, mesmo que você não tenha estado lá, use sua imaginação, criatura.
São Paulo que nunca pára, Nova Iorque em plena Broadway, Paris e sua Torre Eiffel Iluminada...
Pense em bares e restaurantes, nos "tim-tins" de taças de champagne ou na espuma de um chopp gelado recém-servido.
Pense no brilho da noite, da lua e das estrelas ou dos relâmpagos.
Pense nos casais apaixonados que preferem se refugiar no escuro da noite para encontrar romantismo y otras cositas más.
Pense na coruja e nas aves de hábito noturno, nos faróis solitários que orientam grandes navios.
Pense nos porteiros, garçons, enfermeiras, nos motoristas de ônibus e caminhoneiros, de olhos bem abertos, entre uma bocejada e outra.
Pense naquela gravação de relaxamento que você tem em algum lugar do seu Ipod.
Pense que outras noites virão, talvez você esteja entre os bestificados que admiram luzes de gigantes outdoors; ou quem sabe entre os tilintares, naquele porrete; talvez observando o céu, entre suspiros apaixonados; num cruzeiro ou viajando num ônibus para chegar em algum lugar que anseia muito... Pense que as corujas continuarão contorcendo seus pescocinhos daquele jeitinho engraçado, as enfermeiras farão seu belo trabalho. Pense que você provavelmente vai dar uma leve cochilada fora de hora no relaxamento da aula de iôga.
Feche os olhos, descanse, e se você continuar com medo de estar sozinho no escuro da noite, amanhã o sol vai nascer denovo.
 
Sobre o silêncio 
Há maneiras diferentes de se encarar o silêncio.
O silêncio constrangedor geralmente acontece entre pessoas que não se sentem à vontade umas com as outras, esquisitamente é preenchido por conversas sem fim, muitas vezes sem pé nem cabeça.
O silêncio contemplativo de quem quer observar, prestar atenção em detalhes, deixar-se envolver não por palavras, mas por cores, sensações, cheiros.
O silêncio do "me deixa quieto", quando alguém fecha as portas e os canais de comunicação para encontrar suas falhas... "fiz uma cagada", "briguei com fulano", "tô stress, se eu fosse você não mexia comigo".
O silêncio ofendido. Em resposta ao silêncio acima, a pessoa prefere se reservar, esperando um pedido de desculpas, um reconhecimento ou um abraço. E algumas vezes espera sentada.
O silêncio respeitoso das bibliotecas, hospitais, da sala de aula, de ouvir o mais velho, da igreja.
O silêncio do fora, que deixa muitos cotovelos doendo e corações apertados.
O silêncio também se modernizou, aparece até no no celular, no WhatsApp, no Facebook, deixando pessoas aflitas esperando uma resposta imediata de alguém que você sabe já ter lido sua mensagem.
O silêncio do tímido, o silêncio de quem não tem nada a dizer... enfim, dentre os muitos silêncios, existe um que chama a atenção: o silêncio do amigo, que apenas ouve e olha bem dentro dos seus olhos.


O tempo passou. Dizem que o tempo é remédio pra tudo. O tempo faz a gente esquecer. Há pessoas que esquecem depressa. Outras apenas fingem que não se lembram mais.
Erico Verissimo