Páginas

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Saudades daquela cuca fresca

   Ontem reclamando para minha mãe das bagunças do João, escuto:

   - "Tu obedecias? Agora tão tudo crescida e sem humor!".

   HAUHAHUAHAUHA! Acho engraçado nada. Na hora fiquei p. da cara. Parei a conversa, pensei comigo: "volto mais tarde pra não sair dando resposta atravessada e me arrepender". Isso me fez ficar pensativa, coloquei João pra dormir e fui resolver o que estava me incomodando por hora. João tem muita miudeza, quando ele mistura tudo (Lego, blocos, peças dos jogos, mil e outras coisas) e sai espalhando por aí, fico louca!! Nem todo espaço do mundo que destino a ele cabe tanta bagunça. Ontem mesmo, eu e meu estresse saímos catando as miudezas, e separando por categorias em cada caixa. Das cinco caixas que juntei, deixei só uma caixa de miudezas. O resto escondi tudo. Hoje cedo ele nem sentiu falta. 

   Preparando o almoço, comecei a fritar a carne moída, separando a carne, para deixar bem miudinha, e bem frita. Lembrei de quando era pequena, quando eu achava um naco de carne, que alguém esqueceu de esmiuçar, eu me achava premiada por achar um pedaço de carne de verdade. "Hmmm, carne!". Não que eu achasse que a carne moída não fosse carne, mas eu gostava de sentir as pelotas de carne. Toda vez que frito carne moída, eu lembro disso.

   Pensando nessas coisas, sempre me pergunto: onde é que eu deixei para trás aquela menina tão cuca fresca? Como faz para recuperar?



Nenhum comentário:

Postar um comentário