Comecei a fazer algum tipo de atividade física, quando estava no fim da universidade, antes não me interessava muito. Era aquela aluna da Educação Física que preferia entregar trabalho escrito. E, não espalhem, cheguei a pedir atestado médico para não fazer ginástica olímpica, aquilo para mim era o fim! Odiava! Me sentia excluída nas aulas de Educação Fĩsica, tímida e sem coordenação motora, o que era para me soltar, na verdade, me prendia mais.
Ali pelos 20 anos resolvi entrar numa academia do bairro. Fugia das aulas que exigiam a tal da coordenação motora, achava chato fazer musculação, mas, no Brasil, temos o privilégio de ter professores ou estagiários de Educação Física nos monitorando e montado treinos para gente. Isso é um luxo! Aproveitem! E encontrei muitos profissionais que se dedicavam, amavam o que faziam, estavam ali para orientar de verdade.
Nunca fui de desperdiçar o que pagava, ia mesmo, e frequentando as aulas, fiz conhecidos, a turma da academia. Não são seus melhores amigos (até poderiam ser, sem dúvida), mas são aquelas pessoas que sorriem pra você, estimulam de alguma maneira: tem o tiozão esforçado, que vai em todas as aulas; tem a menina modelo que usa top e parece que as roupas são sempre novas da Nike ou alguma em voga; tem a corredora que faz a aula pra complementar; tem os novatos; tem os que dão risada de tudo e gritam Uhuuuuu; tem aqueles que fazem uma respiração engraçada...
Enfim, fui me apaixonando por esse espaço, e a atividade física foi-se fazendo cada vez mais presente em minha vida. Nos dias de preguiça, eu simplesmente ia, com preguiça mesmo, sabia que ia voltar melhor.
Já fui da bike indoor, RPM me ensinou muito, tinha até má vontade com o spinning, mas aprendi a gostar também. Já fui do ioga, melhorou muito minha postura, equilíbrio, concentração, consciência corporal. Fiz natação, meu sonho era fazer um thriaton, mas não sei se nadaria no mar. Virei corredora, isso foi uma ação conjunta, quando eu e Flavio casamos oficialmente no papel (2008), decidimos que tínhamos que fazer algo juntos, um hobby em comum, dança? corrida? Decidimos entrar para uma assessoria esportiva de corrida, melhor coisa que fizemos na vida! Corrida aumentou minha autoestima, segurança... olha, são inúmeros os benefícios, mudou meu estilo de vida completamente, para melhor. Tanto é que virei maratonista, mas não sou de fazer sempre, só quando me dá na telha. Minha última maratona foi a de Nova Iorque em 2019. Aos poucos, comecei a ver que era capaz de fazer as aulas que tanto evitava na academia, Body Combat, Body Attack, Barra. Hoje, me dou ao luxo de escolher o que me faz feliz por um período, corrida eu nunca abandono, pois afasta o stress, o ioga também.
Já não vejo mudança no corpo, ficou meio estabilizado, e quando exagero nos comes, ganho uns quilinhos extras, isso piora com a idade. HAHUHAUHAUAHA! Agora com a pandemia, não pude mais ir à academia, e os atrativos online começaram a me chamar atenção. Primeiro seguia as aulas online das professoras da academia, agora (com o volta, não volta), as aulas não estão mais acontecendo. Resolvi embarcar nesses challenges, mas, gente, sou disciplinada com exercício, mas dieta restritiva, mudar hábitos alimentares não é fácil. Gosto de bolo, pão, um chocolatinho. Bebida alcoólica, uma taça de vinho, um cocktail, de vez em quando. Conto calorias, mas não restrinjo nada. Então, vai ser o challenge do meu jeito. Vamos ver no que vai dar esse modelo da vida real.
Don't believe, just watch!
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