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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Ainda sobre as sextas... saudades de ir ao teatro

   Nas sextas, como eu havia dito num post anterior, eu costumava ir para casa à pé. Andar pela XV, no meio das pessoas, ver o movimento. Deixava de pegar o ônibus demorado, para caminhar, ver caras, ver vitrines, sempre atenta às malandragens de rua. Eu tinha a opção de fazer o trajeto completamente à pé até em casa, ou de pegar outro ônibus, na Estação tubo da Praça Osório. Com ele, eu podia descer na Praça Ucrânia e desfrutar das cores de nossa feirinha de comes, amaaaava! Comprava empanadas, biscoitos à granel. Via algumas caras conhecidas do bairro. Ou descia na Bruno Filgueira, direto para casa.
   Esse ônibus passava na frente do Teatro Sesc da Esquina, era assim que eu ficava sabendo o que estava em cartaz. Todos os shows que fui no Sesc foram ótimos. Tamanho bom de teatro, via-se bem o palco de qualquer cadeira, preço acessível, boas atrações. Algumas apresentações ficaram guardadas na minha memória, eu, fã da Bossa Nova, tive o privilégio de assistir ao show do Quarteto em Cy, do MPB4, d'Os Cariocas. Emocionante! (Falando em teatro, lembrei também do show de João Gilberto, no Guaíra, um silêncio absoluto, ele havia cantado "O Pato" e um garotinho na plateia pediu para repetir. Quem segura a espontaneidade de uma criança? Ele repetiu. Todos respiraram aliviados e felizes pela gentileza e demonstração de carinho. Teve também o show do Chico, ah, gente... o Chico, suspiros apenas! Tive a oportunidade de ver o Miele também, nosso grande showman, escutar suas histórias, foi muito gostoso).
   Voltando ao Sesc, a outra atração que ficou marcada foi uma peça do Festival de Teatro de Curitiba, era um teatro de fantoches, sombras e efeitos sobre a história original da Pequena Sereia... não me lembro de detalhes, mas fiquei impressionada com a qualidade e com as emoções que despertou. Lembro que procurei informações sobre o elenco, a companhia, devo ter em algum lugar perdido no tempo. Foi demais! Saudades de ir ao teatro.





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