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sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

E o João chegou...

   Quando saímos de casa na quinta (07/01) de mala e cuia, eu já imaginei que o baile ia ser comprido. O médico havia solicitado fazer parto induzido na semana 39, porque não sou mais nenhuma mocinha e por causa do meu histórico sem causa exata concluída.
   Ok, fomos. Deu tempo para me concentrar (bem pouca gente sabia, não queria ansiedade além da minha), ajeitar a casa, assistir Star Wars no cinema, congelar meu pão de batata-doce...
   Bom, com o parto induzido começando na quinta (eu havia pedido para nascer dia 6, mas estava meio cedo; o primeiro dia bom seria dia 8, gosto de números pares), o João estava previsto para sexta.
   De quinta à sexta tudo estava acontecendo bem, remédio funcionando, corpo trabalhando, bolsa estourou, dilatação perto dos 10, mas João estava preguiçoso. Na sexta à tarde, depois de quase 24 horas trabalhando, decidimos mudar para cesárea, ele já tinha se esforçado bastante. A cabeça dele não estava voltada para a direção certa.
   Confesso que sou uma medrosa, nunca fiz uma cirurgia na vida, não me imaginei naquela situação. Mas, das 3 opções: esperar mais 1 hora; forceps; ou c-section (cesárea), não tinha nem o que pensar. "Quero este menino aqui comigo já!".
   Tremi feito vara verde, chorei de medo. Não sentia dor, era o psicológico, aquelas luzes. Pensei: "Não pira, Juliana! Concentra! Não desmaia que isso não vai ser bom pra você." E continuei chacoalhando.
   João nasceu. Ouço choro de João. Eles tiram uma foto dos pais (meio atordoados ainda) com João, eu pra lá de Bagdá ainda sorrio. Flavio foi com ele e eu fiquei só. Três tipos de nervoso! Vou para o pós-cirúrgico, shaking!
   Depois de longos 10 minutos, eles trazem João e botam no meu peito. Ele é ligeiro e certeiro! Parei de tremer! E fiquei boba com isso. Foi aí que pensei: Este foi meu momento-chave com ele. A partir de agora virei: Julinha Paz & Amor. hehehe!
   E que assim seja.


 

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