San Francisco - parte 1

   Estou tão animada para contar essa aventura, não vou dizer que não sei por onde começo, meu único medo é de me atropelar toda. Mas, muita calma nessa hora, vou dividir os posts por dia e vou seguir a ordem dos fatos.

Quarta-feira em San Francisco (CA)

   Chegamos na madrugada da quarta-feira, ganhamos três horas com a diferença no fuso horário. Às 9h30 tínhamos o passeio para Alcatraz. A galera do metrô estava de greve, recebemos um aviso de que nosso passeio poderia atrasar. Como íamos a pé até a área de embarque (do nosso hotel até o píer 33 eram 35 minutos), saímos bem cedo para poder tomar um café  e ir conhecendo os arredores. Grandes lojas pelo caminho, boas vitrines, muitas bikes, turistas e pessoas no ritmo apressado de quem vai pegar cedo no batente. As mães nem precisam dizer: "Não esqueça o casaco!". Lá parece impossível viver sem um.

   O passeio para Alcatraz saiu no horário previsto, 15 minutos de barco e você está lá. Vê-se uma neblina envolvendo a ilha, interessante o efeito que ela dá: um ar de mistério. Você fica tentando imaginar o que sentiam as pessoas que lá viveram. Ao desembarcar, ouvimos uma pequena explicação, vimos um trecho de um documentário e, por fim, fomos em busca do áudio tour em português.

   Há pouco tempo revi o filme "Escape from Alcatraz", com o Clint Eastwood, é emocionante ver de perto o cenário, sentir o clima do lugar e entender a ousadia da fuga. Pelo filme e pelas explanações do áudio, entende-se que a prisão era extremamente organizada. 

O famoso buraco cavado com colher.

 

   Algumas coisas me chamaram a atenção na visita:

- Saber que Al Capone tinha sífilis e morreu meio maluco;

- Os barulhos da ilha: mar, vento e gaivotas, o que devia ser um suplício! Um depoimento diz que, no final do ano, nas festas, ouvia-se da ilha o barulho dos fogos, o tilintar dos copos, as risadas das moças...

- Famílias moravam na ilha! Afinal, alguns policiais tinham suas casas lá.

Lindos Brincos de princesa em Alcatraz!

 

 - E, ainda, o detento contando que, depois que a prisão foi desativada e ele já estava em liberdade, ele voltou como turista. Você pode imaginar o misto de sentimentos? Bem ou mal, aquele lugar foi a "casa" dele por anos... Interessante, a ilha desperta sentimentos que a gente não costuma ter, como esse de pensar na falta de liberdade, do não poder ir e vir.

 

As aves não perderam o costume, ainda andam enfileiradas!

 

   Depois de todas essas emoções, fomos caminhar até o píer 39, paramos no Hard Rock (sim, eu gosto de levar um copinho de lá para colocar minhas flores). Voltamos para o hotel, que ficava na Union Square, bem localizado e de lá fomos para o alto e avante, em busca da Lombard Street. Lembrei muito dos nossos amigos do 4Ões. Um treino de corrida nessas subidas seria ideal! Ahh, se não tivéssemos andado tanto. hehe! Vimos um amigo corredor encarar uma ladeira, na raça! Foi bonito!

Alcatraz de um outro ângulo (pertinho da Lombard Street).

 

   Chegando na Lombard Street: muita beleza, muitas fotos, muitos japoneses, bondinho, vista da baía de vários ângulos. Eu fico pensando nas pessoas que moram nos lugares turísticos, tipo quem tem uma casa na Lombard Street. Será um privilégio? Será um tormento? Um orgulho? Ou a pessoa já nem tá nem aí? Que loucura isso!

 

 

 

 

   Terminamos a noite brindando com uma caipira no bar brasileiro Bossa Nova, um clima gostoso e tudo bem feitinho. Só que pra chegar lá a pé, não recomendo (Festa estranha com gente esquisita nesses arredores).

Informações:

Hotel:
Union Square Plaza Hotel
http://www.usphotel.com/

Dicas para Roteiro:
Meu roteiro foi baseado nas preciosas dicas do blog:
http://hotelcaliforniablog.com/

Bar Bossa Nova
http://www.bossahome.com/