Quando saímos de casa na quinta (07/01) de mala e
cuia, eu já imaginei que o baile ia ser comprido. O médico havia solicitado
fazer parto induzido na semana 39, porque não sou mais nenhuma mocinha e por
causa do meu histórico sem causa exata concluída.
Ok, fomos. Deu tempo para me concentrar (bem pouca
gente sabia, não queria ansiedade além da minha), ajeitar a casa, assistir Star
Wars no cinema, congelar meu pão de batata-doce...
Bom, com o parto induzido começando na quinta (eu
havia pedido para nascer dia 6, mas estava meio cedo; o primeiro dia bom seria
dia 8, gosto de números pares), o João estava previsto para sexta.
De quinta à sexta tudo estava acontecendo bem, remédio funcionando, corpo
trabalhando, bolsa estourou, dilatação perto dos 10, mas João estava
preguiçoso. Na sexta à tarde, depois de quase 24 horas trabalhando, decidimos mudar para cesárea, ele já tinha se esforçado
bastante. A cabeça dele não estava voltada para a direção certa.
Confesso que sou uma medrosa, nunca fiz uma cirurgia
na vida, não me imaginei naquela situação. Mas, das 3 opções: esperar mais 1
hora; forceps; ou c-section (cesárea), não tinha nem o que pensar. "Quero
este menino aqui comigo já!".
Tremi feito vara verde, chorei de medo. Não sentia dor, era o psicológico, aquelas luzes. Pensei: "Não
pira, Juliana! Concentra! Não desmaia que isso não vai ser bom pra você."
E continuei chacoalhando.
João nasceu. Ouço choro de João. Eles tiram uma foto dos pais (meio atordoados ainda) com João, eu pra lá
de Bagdá ainda sorrio. Flavio foi com ele e eu fiquei só. Três tipos de nervoso!
Vou para o pós-cirúrgico, shaking!
Depois de longos 10 minutos, eles trazem João e botam no meu peito.
Ele é ligeiro e certeiro! Parei de tremer! E fiquei boba com isso. Foi aí que
pensei: Este foi meu momento-chave com ele. A partir de agora virei: Julinha
Paz & Amor. hehehe!
E que assim seja.
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